Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 28
Filtrar
Mais filtros







Base de dados
Indicadores
Intervalo de ano de publicação
1.
Rev. bras. med. fam. comunidade ; 17(44): e2363, 20220304.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1395726

RESUMO

Introdução: O envelhecimento populacional brasileiro já repercute na Atenção Primária à Saúde. Objetivo: Avaliar a percepção dos idosos quanto ao acesso e à qualidade da atenção em Bambuí, Minas Gerais. Métodos: Esta pesquisa tem abordagem qualitativa. O modelo dos signos, significados e ações foi utilizado na coleta e análise dos dados. Foram realizadas entrevistas nos domicílios, cuja escolha baseou-se em critérios para garantir a heterogeneidade dos participantes. Resultados: A análise fundamentou-se na perspectiva êmica. Nela, emergiram elementos que compõem a percepção do usuário idoso acerca da implantação e da consolidação do Sistema Único de Saúde e da Estratégia Saúde da Família local na categoria ­ Desafios da Atenção Primária à Saúde na percepção do usuário idoso. Observou-se na percepção dos idosos, o serviço público evoluiu para melhor, porém ainda persistem dificuldades de acesso e a insatisfação de alguns com a qualidade do serviço, o que os leva à busca pela atenção secundária, pela urgência e pela medicina privada. Conclusões: Os achados demonstram que na percepção dos idosos a implantação da Estratégia Saúde da Família foi positiva, porém a atenção primária em saúde ainda pode ser melhorada.


Introduction: The aging of the Brazilian population already has repercussions on primary health care. Objective: Assess the perception of the elderly regarding access and quality of the Health Sistem of Bambuí, Minas Gerais. Methods: This research uses a qualitative approach. The model of signs, meanings and actions was used to collect and analyze the data. Interviews were carried out at home, the choice of which was based on criteria to guarantee the heterogeneity of the participants. Results: The analysis was based on the emic perspective. The analysis revealed elements that make up the elderly user's perception about the implantation and consolidation of SUS and the local FHS in the category "PHC challenges in the perception of the elderly user". It was evident that, in the perception of the elderly, the public service has improved, but difficulties of access and the dissatisfaction of some with the quality of the service still remains. This leads to seek secondary care, urgency and private medicine. Conclusions: The findings point out that in the perception of the elderly, the implementation of the FHS was positive, however, primary health care can still be improved.


Introducción: El envejecimiento de la población brasileña ya tiene repercusiones en la atención primaria de salud. Objetivo: Valorar la percepción de las personas mayores sobre el acceso y la calidad del Sistema de Salud de Bambuí, Minas Gerais. Métodos: esta investigación utiliza un enfoque cualitativo. Se utilizó el modelo de signos, significados y acciones para recolectar y analizar los datos. Las entrevistas se realizaron en el domicilio, cuya elección se basó en criterios para garantizar la heterogeneidad de los participantes. Resultados: El análisis se basó en la perspectiva emic. El análisis reveló elementos que configuran la percepción del usuario mayor sobre la implantación y consolidación del SUS y la ESF local en la categoría "Desafíos de la APS en la percepción del usuario mayor". Se evidenció que, en la percepción de las personas mayores, el servicio público ha evolucionado para mejor, pero aún persiste dificultad de acceso y el descontento de algunos con la calidad del servicio. Esto hace que busquen atención secundaria, urgencia y medicina privada. Conclusiones: Los hallazgos señalan que en la percepción de los adultos mayores, la implementación de la ESF fue positiva, sin embargo, la atención primaria de salud aún se puede mejorar.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Atenção Primária à Saúde , Qualidade da Assistência à Saúde , Comportamento do Consumidor , Saúde da Família , Antropologia Médica
2.
Acta Paul. Enferm. (Online) ; 35: eAPE03212, 2022. graf
Artigo em Português | LILACS, BDENF | ID: biblio-1364202

RESUMO

Resumo Objetivo Analisar os significados das masculinidades durante a vivência do câncer peniano e seus tratamentos. Métodos Abordagem qualitativa de pesquisa amparada em referencial teórico da antropologia médica e das masculinidades, com o emprego do método narrativo. Foram entrevistados em profundidade 18 homens com neoplasia peniana em um hospital referência em uro-oncologia do estado de São Paulo. Cada participante foi entrevistado com roteiro de investigação, em média três vezes, sendo as entrevistas audiogravadas, transcritas e analisadas conforme a análise temática indutiva. Resultados Seis participantes realizaram a penectomia parcial e 12 total. Em relação ao estado civil, participaram dois viúvos, dois solteiros, três divorciados e 11 casados, com média de idade de 54 anos. A extirpação do pênis promoveu mudanças significativas na forma como os homens performavam suas masculinidades, sobretudo a hegemônica. Portanto, essa experiência lhes permitiu reinterpretar suas condições de saúde na tentativa de identificar outros elementos hegemônicos que sustentassem suas imagens masculinas. Para alguns foi possível representar um homem inteiro, porém outros se consideram agora meio-homens. Conclusão O adoecimento rompeu com o fluxo biográfico dos participantes, pois antes do câncer peniano a hegemonia os representava como masculinos, entretanto, após a penectomia, eles perdem um órgão que socialmente traz atributos como força, poder, trabalho e virilidade, situação que lhes trouxe a necessidade de reinterpretar o ser masculino em suas culturas. A enfermagem, para promover o cuidado integral ao homem, deve considerar que as masculinidades interferem no processo saúde e doença.


Resumen Objetivo Analizar los significados de las masculinidades durante la vivencia del cáncer de pene y sus tratamientos. Métodos Enfoque cualitativo de investigación respaldado en el marco referencial teórico de la antropología médica y de las masculinidades, con el uso del método narrativo. Fueron entrevistados en profundidad 18 hombres con neoplasia de pene en un hospital de referencia en urología oncológica del estado de São Paulo. Cada participante fue entrevistado con guion de investigación, tres veces en promedio. Las entrevistas fueron grabadas, transcriptas y analizadas de acuerdo con el análisis temático inductivo. Resultados Seis participantes realizaron penectomía parcial y 12 total. Respecto al estado civil, participaron dos viudos, dos solteros, tres divorciados y 11 casados, con un promedio de edad de 54 años. La extirpación del pene generó cambios significativos en la forma como los hombres practicaban su masculinidad, sobre todo la hegemónica. Por lo tanto, esta experiencia les permitió interpretar sus condiciones de salud en el intento de identificar otros elementos hegemónicos que sostengan su imagen masculina. Para algunos fue posible representar un hombre entero, pero otros ahora se consideran medio hombres. Conclusión La enfermedad rompió con el flujo biográfico de los participantes, ya que antes del cáncer de pene, la hegemonía los representaba como masculinos; sin embargo, después de la penectomía, perdieron un órgano que socialmente trae atributos como fuerza, poder, trabajo y virilidad, situación que les produjo la necesidad de reinterpretar el ser masculino en su cultura. Para promover el cuidado integral del hombre, la enfermería debe considerar que las masculinidades interfieren en el proceso salud y enfermedad.


Abstract Objective To analyze masculinity meanings during penile cancer experience and its treatments. Methods Qualitative approach supported in the theoretical framework of medical anthropology and masculinities, with the use of the narrative method. We interviewed in-depth 18 men with penile cancer in a referential Urologic Oncology hospital from the state of São Paulo. Each participant was interviewed on average three times, with a structured script, being the interviews audio-recorded, transcribed, and analyzed according to the inductive thematic analysis. Results Six patients were submitted to the partial penectomy and 12 to the total penectomy. Regarding the marital status, six were widowers, two single, three divorced, and 11 married, with an average age of 54 years old. The penis extirpation fostered significant change in the way men performed their masculinities, even the hegemonic. Thus, this experience allowed them to reinterpret their health conditions to identify other hegemonic elements that sustained their masculine images. For a few, it was possible to represent a full man however, others considered themselves half-men. Conclusion The illness broke the participant's biographic flow because, before penile cancer, the hegemony represented them as masculines, however, after the penectomy, they have lost an organ that is socially related to attributes such as strength, power, work, and virility, situation that brought them the necessity to reinterpret being masculine in their culture. To promote integrality of care to man the nursing must consider that masculinities interfere in the process of health and disease.


Assuntos
Humanos , Masculino , Adolescente , Pessoa de Meia-Idade , Neoplasias Penianas/cirurgia , Processo Saúde-Doença , Masculinidade , Antropologia Médica , Amputação Cirúrgica , Enfermagem Oncológica , Entrevistas como Assunto , Assistência Integral à Saúde , Estudos de Avaliação como Assunto
3.
Rio de Janeiro; s.n; 2021. 187 f p. tab.
Tese em Português | LILACS | ID: biblio-1370734

RESUMO

Obesidade e sobrepeso são conceitos médicos para a classificação do excesso de gordura corporal, que se dá a partir de determinados parâmetros numéricos de referência como, principalmente, o Índice de Massa Corporal (IMC). Para a medicina, os indivíduos devem manter seu peso dentro da margem estipulada, tendo em vista que o corpo gordo é considerado doença crônica e fator de risco para o desenvolvimento de comorbidades. Nesse sentido, o corpo magro é valorizado como um corpo saudável e o corpo gordo desvalorizado como doente. Ao mesmo tempo, estar gordo ou gorda é uma condição considerada evitável, o que faz com que estes indivíduos sejam responsabilizados pessoalmente por seu estado físico. Com isso, são desvalorizados também moralmente e estigmatizados, não só pela medicina, mas em todos os âmbitos sociais, sobretudo nas sociedades ocidentais contemporâneas. O corpo magro, por outro lado, do ponto de vista social, é sinal de beleza e signo de distinção, tanto de classe quanto moral. Dessa forma, a magreza fica idealizada num polo e o excesso de gordura corporal repudiado no outro, ou seja, com isso, temos corpo gordo x corpo ideal. Esta dicotomia impacta as relações sociais e políticas, assim como é também uma construção social e resultado de ações políticas. Então, a partir da visão socioantropológica, buscamos pesquisar sobre os atravessamentos sociais acerca do que a medicina chama de sobrepeso e obesidade, problematizando a questão da medicalização do corpo gordo. O nosso campo de investigação foi uma pesquisa bibliográfica de publicações recentes relacionadas à esta temática. O presente trabalho está organizado em três capítulos: o primeiro, dedicado aos pressupostos conceituais; o segundo, ao percurso metodológico e o terceiro, finalmente, trata da análise e discussão dos artigos resultarantes da pesquisa. Os principais temas e conceitos abordados nestes artigos são: obesidade e sobrepeso como questões de gênero, especificamente feminino; sociedades ocidentais como lipofóbicas e obesogênicas; consumo e hiperconsumo; publicidade; indústrias ligadas à alimentação, saúde e moda; corpo magro como ideal; estigma; cultura; racionalidade nutricional como forma de medicalização da comida; corpo gordo como fator de risco em saúde e estilo de vida saudável como meio de prevenção e responsabilização individual. A nossa análise destas abordagens mostrou que a medicalização do corpo gordo tem função para além da promoção da saúde e gestão de riscos, pois envolve a possibilidade de maior aceitação e mobilidade social. Dessa forma, sustenta-se uma intensa pressão social para adequação estética. Consideramos que pode ser positivo promover a diversidade de corpos e politizar a medicalização do corpo gordo, discutindo os diversos interesses em jogo, como os lucros da indústria do emagrecimento.


Obesity and overweight are medical concepts for the classification of excess body fat, which is based on certain numerical reference parameters such as, mainly, the Body Mass Index (BMI). For medicine, individuals must maintain their weight within the stipulated range, considering that the fat body is considered a chronic disease and a risk factor for the development of comorbidities. In this sense, the thin body is valued as a healthy body and the fat body is devalued as sick. At the same time, being fat or fat is a condition considered to be preventable, which makes these individuals personally responsible for their physical condition. As a result, they are also morally devalued and stigmatized, not only by medicine, but in all social spheres, especially in contemporary Western societies. The thin body, on the other hand, from a social point of view, is a sign of beauty and a sign of distinction, both class and moral. In this way, thinness is idealized in one pole and excess body fat is repudiated in the other, that is, with that, we have a fat body x ideal body. This dichotomy impacts social and political relations, as well as being a social construction and a result of political actions. So, from the socio-anthropological point of view, we seek to research about the social crossings about what medicine calls overweight and obesity, questioning the issue of medicalization of the fat body. Our field of investigation was bibliographic research of recent publications related to this theme. The present work is organized into three chapters: the first, dedicated to conceptual assumptions; the second, to the methodological course and the third, finally, deals with the analysis and discussion of the articles resulting from the research. The main themes and concepts addressed in these articles are: obesity and overweight as gender issues, specifically female; western societies as lipophobic and obesogenic; consumption and hyperconsumption; publicity; industries linked to food, health and fashion; slim body as ideal; stigma; culture; nutritional rationality as a form of medicalization of food, a fat body as a risk factor in health and a healthy lifestyle as a means of prevention and individual accountability. Our analysis of these approaches showed that the medicalization of the fat body has a function beyond health promotion and risk management, as it involves the possibility of greater acceptance and social mobility. In this way, an intense social pressure for aesthetic adequacy is sustained. We believe that it can be positive to promote the diversity of bodies and politicize the medicalization of the fat body, discussing the various interests at stake, such as the profits of the slimming industry.


Assuntos
Humanos , Corpo Humano , Sobrepeso , Antropologia Médica , Medicalização , Fatores Sociais , Obesidade
4.
Artigo em Inglês | BDENF, LILACS | ID: biblio-1101724

RESUMO

Objective: to understand how the relationships between chronicity and politics shape sociability and mutual help among people living with HIV/AIDS. Method: This is a virtual ethnography in a closed group on Facebook. To collect the information, on-lineparticipant observation and documental analysis were utilized. 37 posts were analyzed using the softwareNVivo 12 Pro and the thematic coding technique. Results: Two thematic categories emerged: Do the treatment and time will take care of the rest: Mutual help and HIV/AIDS as a chronic condition; and Yes, there is danger around the corner, my dear: Politics, conflicts and sociability in the group. The most relevant aspect of this study concerns the evidence of the fragility of the discourse on the chronicity of HIV/AIDS. Conclusion: Through the analysis of sociability and mutual help produced among the members of the investigated group, it was possible to apprehend the ways in which, in their experiences on living with HIV/AIDS as a chronic condition, the relationships between health-disease, politics and time showed the dependence between chronicity and the State, and its impacts on daily life.


Objetivo: compreender como as relações entre cronicidade e política modelam a sociabilidade e a ajuda mútua entre pessoas que vivem com HIV/aids. Método: trata-se de uma etnografia virtual em um grupo fechado no Facebook. Para coligir as informações, utilizaram-se observação participante on-line e análise documental. Analisaram-se 37 postagens por meio do software NVivo 12 Pro e pela técnica de codificação temática. Resultados: emergiram duas categorias temáticas: Faça o tratamento e o tempo se encarregará do resto: ajuda mútua e HIV/aids como condição crônica; e Sim, há perigo na esquina, meu bem: política, conflitos e sociabilidade no grupo. O aspecto mais relevante deste estudo diz respeito à evidência da fragilidade do discurso da cronicidade do HIV/aids. Conclusão: por meio da análise da sociabilidade e da ajuda mútua produzidas entre os membros do grupo investigado foi possível apreender os modos como, em suas experiências de viver com o HIV/aids como condição crônica, as relações entre saúde-doença, política e tempo evidenciaram a dependência entre cronicidade e Estado, e seus impactos na vida cotidiana.


Objetivo: comprender cómo las relaciones entre cronicidad y política configuran la sociabilidad y la ayuda mutua entre las personas que viven con el VIH/SIDA. Método: una etnografía virtual en un grupo cerrado en Facebook. Para recopilar la información, se utilizó la observación participante en línea y el análisis de documentos. Se analizaron 37 publicaciones utilizando el software NVivo 12 Pro y la técnica de codificación temática. Resultados: surgieron dos categorías temáticas: Haga el tratamiento y el tiempo se encargará del resto: ayuda mutua y VIH/SIDA como condición crónica; y Sí, hay peligro en la esquina, cariño: política, conflictos y sociabilidad en el grupo. El aspecto más relevante de este estudio se refiere a la evidencia de la fragilidad del discurso sobre la cronicidad del VIH/SIDA. Conclusión: a través del análisis de la sociabilidad y la ayuda mutua producida entre los miembros del grupo investigado, fue posible comprender las formas en que, en sus experiencias de vivir con el VIH/SIDA como una condición crónica, las relaciones entre salud-enfermedad, política y tiempo mostró la dependencia entre la cronicidad y el Estado, y su impacto en la vida diaria.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Doença Crônica , Síndrome de Imunodeficiência Adquirida , HIV , Rede Social , Antropologia Médica
5.
RECIIS (Online) ; 13(4): 725-735, out.-dez. 2019.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1047528

RESUMO

O Exército Zapatista de Liberação Nacional (EZLN) e suas bases de apoio são formados predominantemente por indígenas que vivem na região de Chiapas, no México. O movimento constrói uma profunda experiência de autonomia, o que passa por diferentes dimensões da vida coletiva. Neste artigo, pretendemos, a partir de um trabalho de campo realizado na região, nos focar na saúde autônoma. A concepção de saúde está estritamente relacionada com a noção de terra, já que para ter saúde é preciso pertencer a um cosmos, permeado pelo respeito recíproco entre os mais diferentes seres, em uma luta constante para engrandecer o ch'ulel (espírito) e, com isso, caminhar rumo ao lekil kuxlejal (Bem Viver). Para colocar em prática esses princípios, o cuidado em saúde é protagonizado pelos promotores autônomos de saúde e pelas assembleias comunitárias.


The Zapatista Army of National Liberation (EZLN, in Spanish) and its bases are formed predominantly by indigenous languages living in the region of Chiapas, Mexico. The movement builds a profound experience of autonomy, which goes through different dimensions of collective life. In this article, we intend, from a fieldwork carried out in the region, to focus on autonomous health. The conception of health is closely related to the notion of land, since in order to have health it is necessary to belong to a cosmos, permeated by mutual respect between the most different beings, in a constant struggle to ennoble the ch'ulel (spirit) and thus to walk to the lekil kuxlejal (Good Living). To put these principles into practice, healthcare is carried out by autonomous health promoters and communal assemblies.


El Ejército Zapatista de Liberación Nacional (EZLN) y sus bases de apoyo son formados predominantemente por indígenas que viven en la región de Chiapas, México. El movimiento construye una experiencia profunda de autonomía, que atraviesa diferentes dimensiones de la vida colectiva. En este artículo, nos proponemos, a partir de un trabajo de campo realizado en la región, enfocar la salud autónoma. La concepción de salud guarda una estrecha relación con la noción de tierra, ya que para tener salud es necesario pertenecer a un cosmos, impregnado por el respeto mutuo entre los seres más diferentes, en una lucha constante para engrandecer el ch'ulel (espíritu) y, de este modo, caminar hasta el lekil kuxlejal (Buen Vivir, también llamado Vivir Bien). Para poner en práctica estos principios, la asistencia en salud se lleva a cabo por los promotores autónomos de salud y por las asambleas comunitarias.


Assuntos
Humanos , Colonialismo , Capitalismo , Povos Indígenas , Antropologia Médica , Antropologia Cultural , Organização Comunitária , Racismo , Direitos Humanos , Cultura Indígena , Promoção da Saúde , México
6.
RECIIS (Online) ; 13(4): 768-783, out.-dez. 2019. ilus
Artigo em Espanhol | LILACS | ID: biblio-1047541

RESUMO

Este artículo analiza el proceso alimentario y la alimentación infantil, concretamente la lactancia materna y ablactación, como vías para estudiar las desigualdades de género. El estudio se realizó entre familias zoques de un municipio con alta prevalencia de desnutrición infantil en el sureste de México. Se empleó el método etnográfico y las técnicas de la entrevista en profundidad y la observación participante para recuperar el punto de vista de los padres y las madres de 14 niños zoques. Los resultados demuestran que la desigualdad en el acceso a los alimentos que sufren las mujeres y las niñas y niños por razones económicas, culturales y de género, afecta su estado nutricional y tendrá repercusiones a largo plazo, por lo que es urgente crear programas o iniciativas con perspectiva de género que posibiliten que la sociedad zoque reconozca los derechos de las mujeres y éstas mejoren su estatus.


Este artigo analisa o processo alimentar e a nutrição infantil, especificamente amamentação e ablação, como formas de estudar as desigualdades de gênero. O estudo foi realizado entre famílias zoque em um município com alta prevalência de desnutrição infantil no sudeste do México. O método etnográfico e as técnicas da entrevista em profundidade e da observação participante foram utilizadas para recuperar o ponto de vista dos pais e mães de 14 crianças zoqueis. Os resultados mostram que a desigualdade no acesso à alimentação sofrida por mulheres, meninas e meninos por razões econômicas, culturais e de gênero afeta o estado nutricional e terá repercussões a longo prazo, por isso é urgente elaborar programas ou iniciativas com uma perspectiva de gênero que permite que a sociedade zoque reconheça os direitos das mulheres e melhore seu status.


This paper analyzes the food process and infant nutrition, specifically breastfeeding and ablactation, as ways to study gender inequalities. The study was conducted among zoque families in a municipality with a high prevalence of child malnutrition in southeastern Mexico. The ethnographic method and the techniques of the in-depth interview and the participant observation were used to recover the point of view of the fathers and mothers of 14 zoque children. The results show that inequality in access to food suffered by women and girls and boys for economic, cultural and gender reasons, affects their nutritional status and will have long-term repercussions, so it is urgent to design programs or initiatives with a gender perspective that allows zoque society to recognize women's rights and improve their status.


Assuntos
Humanos , Aleitamento Materno , Dieta , Nutrição da Criança , México , Mulheres , Produção de Alimentos , Criança , Processo Saúde-Doença , Populações Vulneráveis , Agricultura , Antropologia Médica , Antropologia Cultural
7.
Rev. Asoc. Med. Bahía Blanca ; 29(1): 13-20, enero-marzo 2019.
Artigo em Espanhol | LILACS, BINACIS | ID: biblio-1024936

RESUMO

Introducción: El diseño curricular de la Carrera de Medicina de la Universidad Nacional del Sur (UNS) se implementa en la consideración del hombre como unidad bio-psico-socio-cultural. Consideramos que la mirada antropológica cobra protagonismo en este tipo de formación médica, de manera tal que los contenidos curriculares de la carrera integran conceptos teóricos de la subdisciplina Antropología de la Salud. Se propone verificar si tales conceptos brindados en el Ciclo Inicial son retomados en el Ciclo Profesional. Objetivo: caracterizar cómo se construye el ser humano, el proceso diagnóstico y la diagramación de tratamientos en las rotaciones médicas durante el Ciclo de Desarrollo Profesional de la Carrera de Medicina. Materiales y Métodos: La investigación es de tipo cualitativo. Las Unidades Educacionales son los espacios de aprendizaje en las Rotaciones de clínica, pediatría y ginecología del cuanto año del Ciclo Profesional, donde se analiza la dinámica entre estudiantes y docentes tutores, mediante técnicas de observación etnográficas y técnicas de análisis discursivo. Resultado: En el espacio de aprendizaje la persona es representada como el locus de la enfermedad más que como agente narrativo, y el diagnóstico como un saber objetivado, omitiéndose, en general, las referencias sociales que rodearon su constitución. Conclusiones: Los resultados preliminares confirman que los contenidos de Antropología de la Salud desarrollados en el Ciclo Inicial, no son retomados en el Ciclo Profesional, cuando el estudiante se enfrenta al abordaje del caso real en el ámbito hospitalario. Por tanto desde esta sub-disciplina no podemos confirmar que el abordaje de los casos reales se desarrolle de manera integral.


Introduction: the curricular design of the Medical Program at Universidad Nacional del Sur (UNS) has been implemented considering the individual as a bio-psychosocio-cultural unit. We believe that the anthropologic view is highly relevant in this type of medical education, so that the curricular contents in the program include theoretical concepts from the sub-discipline Health Anthropology. We propose to verify if such concepts given at the Initial Cycle are later considered in the Professional Cycle. Objectives: to characterize how the human being is constructed, the diagnosis process and the design of treatments in medical rotations during the Professional Development Cycle in the Medical Program. Materials and Methods: this is a qualitative research. Educational Units are the learning spaces in clinical, pediatric, and gynecologic rotations in the fourth year of the Professional Cycle, in which the dynamics between students and tutor professors is analyzed by means of ethnographic observation and discourse analysis techniques. Results: in the learning space, the individual is represented as the locus of the disease more than as a narrative agent and the diagnosis as an objective knowledge, thus omitting, in general, the social references that surrounded the individual's constitution. Conclusions: preliminary results confirm that the contents of the course Health Anthropology developed in the Initial Cycle are not reintroduced in the Professional Cycle, when the student is faced with the approach to the real case in the hospital environment. Therefore, from this sub-discipline we are not able to confirm that the approach to real cases is done in a comprehensive way.


Assuntos
Humanos , Educação Médica , Assistência Integral à Saúde , Antropologia Médica
8.
Esc. Anna Nery Rev. Enferm ; 23(4): e20190097, 2019. tab
Artigo em Inglês | BDENF, LILACS | ID: biblio-1039810

RESUMO

ABSTRACT Objective: In order to understand the experiences of women with breast cancer managing fatigue due to chemotherapy with the use of non-pharmacological strategies. Methods: Explanatory study, qualitative, with theoretical reference of medical anthropology and resources of the ethnographic method for data collection; in which four women took part. Thematic analysis was performed based on interviews and conducted observations. Results: Three strategies of self-care, resulted from the culture were used for physical fatigue management: rest, energy conservation and eat habits. Physical activities, contact with plants and religiosity were constituted as practices to deal with emotional fatigue. We understand that the meaning attributed to the use of non-pharmacological strategies was the possibility of feeling capable, confident and able to continue treatment. Conclusions and implications for practice: These woman's experiences revealed the following necessities, the use of specific strategies to deal with fatigue, as well as the appreciation and understanding of their singularities and cultural practices present in their contexts. In the nursing care, it is possible to associate these practices with scientific knowledge and thus complement the care in favor of an integral care.


RESUMEN Objetivo: Comprender las experiencias de mujeres con cáncer de mama en el manejo de la fatiga secundaria a la quimioterapia con la utilización de estrategias no farmacológicas. Método: Estudio explicativo, cualitativo, con referencial teórico de la antropología médica y recursos del método etnográfico para recolectar los datos, en que participaron cuatro mujeres. Se realizó un análisis temático de entrevistas y observaciones. Resultados: Se utilizaron tres estrategias de autocuidado, provenientes de la cultura, para el manejo de la fatiga física: descanso, conservación de la energía y cuidado alimentario. Las actividades físicas, contacto con plantas y religiosidad se constituyeron como prácticas para lidiar con la fatiga emocional. Comprendemos que el sentido atribuido a la utilización de estrategias no farmacológicas fue la posibilidad de sentirse capaces, confiados y aptas para proseguir el tratamiento. Conclusiones e implicaciones para práctica: Las experiencias de estas mujeres revelaron necesidades del uso de estrategias específicas para el manejo de la fatiga, así como de la valorización y comprensión de sus singularidades y de prácticas culturales presentes en sus contextos. En la atención de enfermería es posible asociar estas prácticas al conocimiento científico y así complementar el cuidado a favor de una atención integral.


RESUMO Objetivo: Compreender as experiências de mulheres com câncer de mama no manejo da fadiga secundária à quimioterapia com utilização de estratégias não farmacológicas. Método: Estudo explicativo, qualitativo, com referencial teórico da antropologia médica e recursos do método etnográfico para coleta de dados, em que participaram quatro mulheres. Foi realizada análise temática das entrevistas e de observações. Resultados: Três estratégias de autocuidado, provenientes da cultura, foram utilizadas para o manejo da fadiga física: descanso, conservação de energia e cuidado alimentar. Atividades físicas, contato com plantas e religiosidade constituíram-se como práticas para lidar com a fadiga emocional. Compreendemos que o sentido atribuído à utilização de estratégias não farmacológicas foi a possibilidade de sentirem-se capazes, confiantes e aptas para prosseguirem o tratamento. Conclusões e implicações para a prática: As experiências dessas mulheres revelaram necessidades, do uso de estratégias específicas para o manejo da fadiga, bem como da valorização e compreensão de suas singularidades e de práticas culturais presentes em seus contextos. Na assistência de enfermagem é possível associar estas práticas ao conhecimento científico e, assim, complementar o cuidado em prol da atenção integral.


Assuntos
Humanos , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Autocuidado , Neoplasias da Mama/tratamento farmacológico , Fadiga/complicações , Descanso , Terapias Complementares , Neoplasias da Mama/psicologia , Exercício Físico , Pesquisa Qualitativa , Antropologia Médica
9.
Rev. bras. med. fam. comunidade ; 13(40): 1-10, jan.-dez. 2018.
Artigo em Inglês | LILACS, ColecionaSUS | ID: biblio-970330

RESUMO

Objetivo: Investigar as práticas de percepção e saúde bucal entre as mulheres quilombolas idosas (grupo da população negra, descendentes de escravos no Brasil). Métodos: Pesquisa qualitativa com mulheres idosas que vivem em uma comunidade rural formada por descendentes de escravos no Brasil. Estudo realizado por meio de entrevista semiestruturada com nove moradoras da comunidade e posterior análise de conteúdo das narrativas. Resultados: Todas as mulheres idosas são desdentadas (parcialmente ou totalmente) e identificaram problemas dentários que as levaram a usar meios naturais de alívio da dor. Com a análise das transcrições, surgiram três categorias principais: as idosas da Comunidade Rural Quilombola Julia Mulata e o edentulismo; autopercepção da saúde bucal das mulheres idosa da Comunidade Rural Quilombola Julia Mulata; Práticas populares utilizadas na presença de problemas de saúde. Conclusão: Idosos quilombolas consideram a perda de dentes como envelhecimento natural; apresentam histórias de vida ligadas a problemas dentários; procuram resolver os seus problemas dentais com o uso de terapias populares tradicionais.


Objective: To investigate the perception and oral health practices among older quilombola women (black population group, descendants of slaves in Brazil). Methods: Qualitative research with elderly women living in a rural community formed by descendants of slaves in Brazil. The study was performed through a semi-structured interview with nine of the rural community residents and following content analysis of the narratives. Results: All elderly women are edentulous (partially or totally) and dental problems that led them to use natural means of pain relief were identified. With the analysis of the transcripts, three main categories emerged: the elderly of Quilombola Rural Community Julia Mulata and edentulism; self-perceived oral health of older women of the Quilombola Rural Community Julia Mulata; Popular practices used in the presence of health problems. Conclusion: Quilombola elderly consider the loss of teeth as natural aging; they present life stories linked to dental problems; seek to solve their dental problems with the use of traditional folk therapies.


Objetivo: Investigar la percepción y las prácticas de salud oral entre las mujeres quilombolas mayores (grupo de población negra, descendientes de esclavos en Brasil). Métodos: Investigación cualitativa con ancianas que viven en una comunidad rural formada por descendientes de esclavos en Brasil. Resultados: Todas las mujeres de edad avanzada son desdentadas (parcial o totalmente) e identificaron problemas dentales que las llevaron a utilizar medios naturales para aliviar el dolor. Con el análisis de las transcripciones, surgieron tres categorías principales: la comunidad rural de mujeres ancianas Julia Mulata y edentulismo; autopercepción de la salud oral de las mujeres mayores de la Comunidad Rural Quilombola Julia Mulata; Prácticas populares utilizadas en presencia de problemas de salud. Conclusión: Ancianos quilombolas consideran la pérdida de dientes como envejecimiento natural; presentan historias de vida relacionadas con problemas dentales; tratan de resolver sus problemas dentales con el uso de terapias populares tradicionales.


Assuntos
Humanos , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Autoimagem , Idoso , Saúde Bucal , Assistência Odontológica , Antropologia Médica
10.
Rev. bras. geriatr. gerontol. (Online) ; 21(2): 215-222, Apr.-Mar. 2018.
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-958904

RESUMO

Objective: To understand how elderly persons perceive subjective aspects linked to current and other life experiences related to the process of becoming frail. Method: A qualitative study, anchored in interpretative anthropology, was performed. The elderly were selected from the FIBRA Network database from those classified as robust or pre-frail, according to the frailty phenotype of Fried et al., in Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil in 2009. We interviewed 15 elderly people of different genders, ages, income, religion and functional status, in 2016. In data collection and analysis, the "signs, meanings and actions" analysis model was used, which allows the understanding of the elements that are significant for a population to read a given situation and to position themselves in relation to it. Results: From the analysis the following categories emerged: a) suffering throughout life and b) suffering and the resources to deal with them. Conclusion: The interviewees described sufferings of different aspects that constitute their life, from birth to aging, according to experiences related to pain, loss and learning. The perception of current frailty refers to their life history, marked by physical or mental suffering, whether insidious or temporary - as well as illnesses, how they manifest themselves today, and a lack of financial resources and urban security. The narratives bring us closer to the perception of frailty as being constitutive of human beings, who can easily break.


Objetivo: Compreender como a pessoa idosa percebe aspectos subjetivos ligados a sofrimentos atuais e outros experimentados ao longo da vida e que se remetem ao processo de fragilização. Método: Estudo qualitativo, ancorado na Antropologia interpretativa. Foram selecionados idosos participantes no banco de dados da Rede FIBRA - entre aqueles classificados como robustos ou pré-frágeis em 2009, no polo Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, segundo o referencial do fenótipo de fragilidade de Fried et al. Foram entrevistados 15 idosos, de diferentes sexos, idades, renda, religião, condição funcional. Foi utilizado o modelo de análise "Signos, significados e ações que possibilitam a compreensão dos elementos significativos para uma população ler uma determinada situação e se posicionar diante dela". Resultados: Da análise emergiram as categorias: a) o sofrimento ao longo da vida e b) adoecimentos e os recursos para lidar com eles. Conclusão: Os entrevistados narram sofrimentos de diferentes aspectos que constituem a sua vida, do nascer ao envelhecer, conforme experiências que significam dores, perdas, aprendizado. A percepção de fragilização atual remete à história de vida marcada por sofrimentos físicos e/ou mentais, insidiosos ou pontuais - bem como aos adoecimentos, como se manifestam hoje, e à falta de recursos financeiros e de segurança urbana. As narrativas nos aproximam da percepção da fragilidade como sendo constitutiva do ser humano - que pode facilmente trincar.


Assuntos
Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Percepção , Idoso Fragilizado , Antropologia Médica , Fragilidade
11.
Rev. saúde pública (Online) ; 52: 42, 2018. graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-903474

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE: To analyze how physicians, as part of a sociocultural group, handle the different types of death, in a metropolitan emergency service. METHODS: This is an ethnography carried out in one of the largest emergency services in Latin America. We have collected the data for nine months with participant observation and interviews with 43 physicians of different specialties - 25 men and 18 women, aged between 28 and 69 years. RESULTS: The analysis, guided by the model of Signs, Meanings, and Actions, shows a vast mosaic of situations and issues that permeate the medical care in an emergency unit. The results indicate that physicians may consider one death more difficult than another, depending on the criteria: age, identification or not with the patient, circumstances of the death, and medical questioning as to their responsibility in the death process. CONCLUSIONS: For physicians, no death is easy. Each death can be more or less difficult, depending on different criteria that permeate the medical care in an emergency unit, and it reveals different social, ethical, and moral issues.


RESUMO OBJETIVO: Analisar a forma como médicos, enquanto parte de um grupo sociocultural, lidam com diferentes tipos de morte, em um serviço de pronto socorro metropolitano. MÉTODOS: Trata-se de uma etnografia realizada em um dos maiores serviços de pronto socorro da América Latina. A coleta dos dados deu-se ao longo de nove meses de observação participante e entrevistas com 43 médicos de diferentes especialidades - 25 homens e 18 mulheres, entre 28 e 69 anos. RESULTADOS: À análise, guiada pelo modelo dos Signos, Significados e Ações, nota-se um vasto mosaico de situações e questões que medeiam o cuidado médico em uma unidade de pronto socorro. Os resultados apontaram que os médicos podem considerar uma morte mais difícil se comparada a outras, a depender de critérios: o etário; a identificação ou não com o paciente; as circunstâncias da morte e o questionamento médico quanto a sua responsabilidade no processo de morte. CONCLUSÕES: Para os médicos, nenhuma morte é fácil. Cada morte pode ser mais ou menos difícil, a depender de diferentes critérios que medeiam o cuidado médico em uma unidade de pronto socorro e revelam questões de ordem social, ética e moral das mais diversas.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Idoso , Adulto Jovem , Atitude Frente a Morte , Serviço Hospitalar de Emergência , Corpo Clínico Hospitalar/psicologia , Brasil , Antropologia Médica , Pessoa de Meia-Idade , Princípios Morais
12.
São Paulo; s.n; 2018. 492 p.
Tese em Português | LILACS | ID: biblio-912104

RESUMO

Introdução: A revolução tecnológica e as mudanças no mundo do trabalho têm levado cada vez mais trabalhadores a realizarem parte das suas atividades em contextos que vão além dos seus domínios laborais tradicionais, chamando a atenção para os possíveis efeitos desta dinâmica sobre a saúde. Diversos estudos apontam para um cenário de precarização e recorrentes casos de adoecimento entre os professores, mas o modo como o trabalho repercute sobre sua vida pessoal cotidiana não tem recebido significativa atenção enquanto fator potencialmente patogênico, mesmo considerando que levar trabalho para casa seja algo comum entre eles e que isso se reflita de alguma forma na complexa relação entre trabalho e vida pessoal cotidiana. Objetivo: Investigar a repercussão do trabalho dos professores sobre sua vida pessoal cotidiana e a implicação dessa dinâmica sobre seu processo saúde-doença. Métodos: Pesquisa qualitativa de caráter exploratório que partiu de revisão sistemática de literatura e se realizou predominantemente por meio de entrevistas individuais semiestruturadas. De modo complementar, aplicou-se formulário para caracterização sociodemográfica dos participantes, além do protocolo de atividades diárias e escalas analógicas. O público entrevistado consistiu em 29 professores de educação básica atuantes em quatro escolas públicas, além dos quatro diretores dessas referidas escolas. Duas delas se dedicavam ao ensino regular (uma municipal e outra estadual), enquanto as outras duas, ao ensino integral (ambas estaduais). Os dados foram analisados por meio de codificação temática com auxílio do software MAXQDA, versão 12. Referencial teórico: Na perspectiva da Saúde do Trabalhador, a pesquisa ancorou-se principalmente na psicodinâmica do trabalho, recorrendo também a pressupostos da clínica da atividade, da ergonomia da atividade e da antropologia da saúde. Resultados: A idade dos participantes variou entre 29 e 61 anos e o tempo de experiência na docência entre 1 a 37 anos, sendo o público predominantemente do sexo feminino. A revisão de literatura revelou um conjunto de 155 estudos sobre trabalho e saúde dos professores publicados nos últimos 20 anos, com aumento dessas obras nos últimos 10 anos, e configuração do seguinte perfil: 1) Transtornos e problemas de saúde típicos; 2) Condições de trabalho e saúde; 3) Qualidade de vida; 4) Trabalho, carreira e fundamentos da ação docente. A codificação das entrevistas, por sua vez, conduziu-nos a cinco categorias temáticas: 1) Tipologias da vida cotidiana; 2) Prazer e sofrimento no trabalho; 3) Estratégias de conciliação entre vida, trabalho e saúde; 4) Percepção, concepção e experiências de saúde e doença relatadas; 5) Invasão multiforme da vida pelo trabalho. Naquilo que lhes coube, os protocolos de atividades diárias e escalas analógicas refletiram o conteúdo que emergiu das entrevistas. Os depoimentos revelaram diversas fontes de sofrimento na vida e no trabalho dos professores, além de numerosos casos/experiências de presenteísmo, bem como o emprego de estratégias visando a conciliar tais dimensões com a manutenção da saúde. Como resultado principal, a maioria dos entrevistados demonstrou que sente sua vida ser invadida pelo trabalho de modo nocivo e que essa invasão não acontece de forma única e linear. Basicamente, ela se manifesta por meio de um estado de vinculação contínua com o trabalho (ou com algum abalo sofrido durante sua realização) - do qual o indivíduo não consegue se desligar, por mais que ele tente. Isso gera um estado de sofrimento e indisponibilidade prolongada para si e para o outro que prejudica a convivência familiar e social, além da própria recuperação para o trabalho. Conclusão: As agressões à saúde vivenciadas pelos professores no trabalho têm se projetado sobre a sua própria vida pessoal e se combinado a fatores de agressão advindos do contexto social. Neste, o desprestígio dos professores é crescente e retorna à escola na forma de perda de autoridade e até rejeição, produzindo frustrações repetitivas que contribuem para instituir um cenário de sofrimento social que se associa à invasão da vida pelo trabalho. Dado o sofrimento de amplitude social e de tipo patogênico que essa invasão multiforme produz, tal fenômeno pode ser considerado como mais um dos elementos que podem ajudar a explicar os recorrentes quadros de adoecimento desses profissionais


Introduction: The technological revolution and changes in the world of work have led an ever increasing number of workers to carry out part of their activities in contexts that go beyond their traditional work domains, thus drawing attention to the possible effects of this dynamic on health. Several studies have indicated a context of precariousness and recurrent illness among teachers, but the way in which work affects their everyday lives has not received significant attention as a potentially pathogenic factor, even though taking work home is something common among them and it is known that this reflects in some way on the complex relationship between their work and everyday life. Objectives: To investigate the repercussion of teachers\' work on their everyday lives and the implication of this dynamic on their health-disease process. Methods: Qualitative research of an exploratory nature based initially on a systematic literature review and undertaken principally by means of individual semi-structured interviews. Complementarily, a formula was applied for the socio-demographic characterization of the participants, as well as a protocol of their daily activities and analogical scales. The public interviewed consisted of 29 basic education teachers, active in four separate public schools, as well as the four principals of those same schools. Two of these schools (one municipal and one state) followed the regular course and the other two (both state schools) adopted the integral system. The data were analyzed by means of thematic codification with the support of MAXQDA software, version 12. Theoretical framework: In terms of the Worker\'s Health perspective, this study was mainly based on the psychodynamics of work, but also used the assumptions of the activity clinic, ergonomics of activity and health anthropology. Results: The participants\' ages ranged from 29 to 61 years and their experience in teaching from 1 to 37 years, the public being predominantly female. The literature review revealed a set of 155 studies on the work and health of teachers published over the last 20 years, an increase in these studies having occurred over the last 10 years and configuration of the following profile: 1) Typical disorders and health problems; 2) Working conditions and health; 3) Quality of Life; 4) Work, career and fundamentals of teaching activity. The codification of the interviews, in turn, led us to five thematic categories: 1) Typologies of everyday life; 2) Pleasure and suffering at work; 3) Strategies for the reconciliation of life, work and health; 4) Perception, conception and experiences of health and illness reported; 5) Multiform invasion of life by work. As far as they were concerned, the daily activity protocols and analogue scales reflected the same content as emerged from the interviews. The narratives revealed several sources of suffering in the life and work of teachers, as well as numerous cases/experiences of presenteeism, as well as the use of strategies to reconcile such dimensions with the maintenance of health. As a main result, the vast majority of respondents demonstrated that they felt that their lives were being harmfully invaded by their work and that this invasion did not occur in a single, linear way. Basically, it manifested itself through a state of continuous attachment to the work (or with some suffering felt during its realization), from which the individuals could not detach themselves, no matter how much they tried. This generated a state of suffering and prolonged lack of availability for oneself and for the other, that damaged one\'s family and social coexistence, as well as one\'s own recovery for the work. Conclusion: The attacks on their health experienced by teachers at work are reflected in their personal lives and combine with aggressive factors arising within the social context. Within this latter context, the teacher\'s discredit grows and this reflects in school life as a loss of authority and even rejection, producing repeated frustrations that contribute to the installation of a scenario of social suffering associated with the invasion of daily life by work. Given the suffering of such social amplitude and pathogenic type that this multiform invasion produces, this phenomenon may be considered one of the elements that helps to explain the picture of recurrent illness which these professionals present


Assuntos
Atividades Cotidianas , Processo Saúde-Doença , Estresse Ocupacional , Professores Escolares , Equilíbrio Trabalho-Vida , Condições de Trabalho , Antropologia Médica , Ergonomia , Entrevistas como Assunto , Saúde Ocupacional , Pesquisa Qualitativa
13.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 34(11): e00061718, 2018. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-974587

RESUMO

Resumo: O objetivo do presente trabalho é compreender como os médicos do maior pronto-atendimento de uma metrópole brasileira orientam o cuidado aos pacientes graves com suspeita de morte encefálica e potenciais doadores de órgãos. Trata-se de uma etnografia, desenvolvida em um hospital de pronto-socorro, referência em trauma na América Latina, situado no hipercentro da cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. A instituição, de modo pioneiro no Brasil, conta com um setor específico para onde são encaminhados os pacientes com suspeita de morte encefálica. O trabalho de campo foi realizado durante nove meses, baseado em observações empíricas e entrevistas junto a 43 médicos plantonistas - 25 homens e 18 mulheres, entre 28 e 69 anos. A análise dos dados foi orientada pelo modelo de "signos, significados e ações". À etnografia, emergiu o processo de cuidado médico ao paciente em suspeita de morte encefálica que contempla: terapia intensiva; realização do protocolo e comunicação do fato à família do paciente. Nesse último caso, a interlocução perpassa as controvérsias no conceito de morte encefálica, o contexto sociocultural e o contexto do pronto-atendimento. Ficou claro que esse processo de cuidado médico ultrapassa questões meramente normativas e adentra uma complexidade de elementos, sobretudo o papel do profissional como mediador de uma miríade de elementos e tensões imbricados. Entre a constatação e a comunicação da morte encefálica emergem percepções ambivalentes dos médicos e dos familiares. O estudo evidenciou que a tênue definição do que seja a vida e a morte tangencia toda a atuação médica, tendo implicações diretas no cuidado ao paciente/potencial doador e aos familiares.


Abstract: The objective of this study was to understand how physicians at the largest emergency department in a large Brazilian city orient care for critical patients with suspected brain death and who are potential organ donors. This ethnographic study was conducted in an emergency care hospital, a reference in traumatology in Latin America, located in downtown Belo Horizonte, Minas Gerais State. The institution took pioneering steps in Brazil with a specific sector where patients with suspected brain death are referred. The fieldwork was performed over the course of nine months, based on targeted observations and interviews with 43 on-duty staff physicians (25 men and 18 women), from 28 and 69 years of age. Data analysis followed the "signs, meanings, and actions" model. The ethnography revealed the process of medical care for patients with suspected brain death, including: intensive care, adherence to protocol, and communicating the patient's status to the family. In the latter case, the dialogue reveals the controversies in the concept of brain death, the sociocultural context, and the emergency care context. It became clear that this process of medical care extrapolates merely normative issues, entering into a complex web of elements, especially the professional's role as mediator of a myriad of interwoven elements and tensions. Between confirmation of the brain death and communicating the situation to the family, ambivalent perceptions emerge, both for the physicians and the family members. The study evidenced how the tenuous definition of what constitutes life and death touches on all of the medical act, with direct implications on care for patients/potential donors and their families.


Resumen: El objetivo de este trabajo es comprender cómo los médicos del mayor servicio de urgencias de una metrópoli brasileña orientan en el cuidado a pacientes graves, con sospecha de muerte encefálica, y potenciales donadores de órganos. Se trata de un trabajo etnográfico, desarrollado en un hospital con servicio de urgencias, referente en casos de trauma en Latinoamérica, situado en la zona metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais. La institución, de modo pionero en Brasil, cuenta con un sector específico, donde se dirigen los pacientes con sospecha de muerte encefálica. El trabajo de campo se realizó durante nueve meses, basado en observaciones empíricas y entrevistas, junto a 43 médicos de guardia - 25 hombres y 18 mujeres-, entre 28 y 69 años. El análisis de los datos se orientó por el modelo de "signos, significados y acciones". Con la etnografía, emergió el proceso de cuidado médico al paciente con sospecha de muerte encefálica que contempla: terapia intensiva, realización del protocolo y comunicación del hecho a la familia del paciente. En ese último caso, la interlocución revela las controversias en el concepto de muerte encefálica, contexto sociocultural y contexto del servicio de urgencias. Quedó claro que este proceso de cuidado médico ultrapasa cuestiones meramente normativas y se adentra en una complejidad de elementos, sobre todo respecto al papel del profesional como mediador de una miríada de elementos y tensiones imbricados. Entre la constatación y la comunicación de la muerte encefálica emergen percepciones ambivalentes de médicos y familiares. El estudio evidenció que la tenue definición de lo que es vida y muerte es tangencial a toda la actuación médica, teniendo implicaciones directas en el cuidado al paciente/potencial donador y para los familiares.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Relações Profissional-Família/ética , Doadores de Tecidos , Morte Encefálica/diagnóstico , População Urbana , Brasil , Atitude Frente a Morte , Antropologia Médica
14.
Fortaleza; Uece; 2018. 220 p.
Monografia em Português | LILACS | ID: biblio-980715

RESUMO

Este livro apresenta os resultados de diversas pesquisas realizadas pelo autor sobre o tema do contágio ao longo das últimas duas décadas, em diversos países. Trata-se de material inédito na língua portuguesa e reorganizado no intuito de identificar um único fio condutor e elementos comuns entre material recolhido em contextos socioculturais bem diversificados, bem diferenciados.Os diversos capítulos expõem, a seu modo, conclusões parcialmente publicadas em periódicos e capítulos de livros


Assuntos
Doenças Transmissíveis/etiologia , Doenças Transmissíveis/transmissão , Transmissão de Doença Infecciosa/prevenção & controle , Fatores Socioeconômicos , Tuberculose Pulmonar/etnologia , Brasil , Controle de Mosquitos , Doenças Transmissíveis/terapia , Síndrome de Imunodeficiência Adquirida/epidemiologia , Côte d'Ivoire , Formação de Conceito , Aedes/fisiologia , Características Culturais , Dengue/epidemiologia , Antropologia Médica , Indonésia , Antropologia Cultural
15.
Rio de Janeiro; Fiocruz; 2 ed. rev; 2018. 210 p. mapas, ilus, tab.(Coleção Saúde dos Povos Indígenas).
Monografia em Português | LILACS, ColecionaSUS | ID: biblio-1435343

RESUMO

A pesquisadora Raquel Paiva Dias-Scopel, do Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), levanta questões sobre a valorização e respeito à diversidade étnica e cultural dos povos indígenas e a difícil interface com o processos de medicalização e do direito ao acesso aos serviços de saúde biomédicos. O livro é parte da Coleção Saúde dos Povos Indígenas, da Editora Fiocruz e partiu da tese de doutorado defendida em 2014 no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Foi publicado pela primeira vez em 2015 pela Associação Brasileira de Antropologia com o título A Cosmopolítica da Gestação, Parto e Pós-Parto: práticas de autoatenção e processo de medicalização entre os índios Munduruku. No prefácio da primeira edição, sua orientadora, a doutora em antropologia e professora titular da UFSC, Esther Jean Langdon, ressalta que o conceito fundamental deste livro é da autoatenção, que aponta para o reconhecimento da autonomia e da criatividade da coletividade, principalmente da família, como núcleo que articula os diferentes modelos de atenção ou cuidado da saúde.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Gravidez , Recém-Nascido , Lactente , Pré-Escolar , Criança , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Adulto Jovem , Índios Sul-Americanos/etnologia , Saúde de Populações Indígenas , Medicalização , Saúde Materna/etnologia , Apoio Comunitário , Palpação , Relações Pais-Filho/etnologia , Cuidado Pré-Natal , Esterilização Tubária , Brasil/etnologia , Menarca/etnologia , Comportamento Ritualístico , Cesárea/estatística & dados numéricos , Pacientes Domiciliares/reabilitação , Nutrição da Gestante , Pesquisa Participativa Baseada na Comunidade , Comportamento Alimentar/etnologia , Antropologia Médica , Cultura Indígena , Entorno do Parto/estatística & dados numéricos , Barreiras ao Acesso aos Cuidados de Saúde , Parto Domiciliar/enfermagem , Complicações do Trabalho de Parto/etnologia , Menstruação/etnologia , Tocologia
16.
Salud colect ; 13(3): 457-470, jul.-sep. 2017.
Artigo em Espanhol | LILACS | ID: biblio-903701

RESUMO

RESUMEN Este artículo contribuye al diálogo entre las ciencias sociales y la medicina social en América Latina a través de la exploración del pluralismo terapéutico en las políticas y servicios de salud indígena en Brasil. Revisa las investigaciones recientes en antropología, así como los conceptos y debates actuales, para examinar críticamente las políticas de salud indígena en Brasil y su concepto de "atención diferenciada", que propone la articulación entre las prácticas oficiales de salud y las terapias indígenas. Varias contradicciones y tensiones están presentes entre la organización estructural del subsistema de salud indígena en el nivel nacional y las prácticas cotidianas de los equipos de salud en el nivel local. Guiados por la ideología hegemónica de la biomedicina, los profesionales de salud no reconocen las dinámicas y la agencia expresada en las practicas indígenas de salud.


ABSTRACT This paper contributes to the dialogue between the social sciences and social medicine in Latin America by exploring therapeutic pluralism in indigenous health policies and services in Brazil. It reviews recent anthropological research, concepts and current debates to critically examine Brazilian indigenous health policy and its concept of "differentiated care," which proposes articulation between official health practices and indigenous therapies. A number of contradictions and tensions are present in the structural organizational of the indigenous health subsystem at the national level and in the daily practices of health teams at the local level. Guided by the hegemonic ideology of biomedicine, health professionals fail to recognize the dynamics and agency expressed in indigenous health practices.


Assuntos
Humanos , Índios Sul-Americanos , Medicina Integrativa , Assistência à Saúde Culturalmente Competente , Política de Saúde , Serviços de Saúde do Indígena , Medicina Tradicional , Brasil , Diversidade Cultural , Pesquisa Qualitativa , Antropologia Médica
17.
Salud colect ; 13(3): 375-390, jul.-sep. 2017.
Artigo em Espanhol | LILACS | ID: biblio-903693

RESUMO

RESUMEN La diabetes es una enfermedad que constituye un síndrome, cuyo crecimiento se registra con mayor velocidad en sociedades con condiciones de vida y de trabajo precarias y los cuidados cotidianos son fundamentales para controlar su progresión. El presente trabajo muestra el valor heurístico e interpretativo y la potencialidad explicativa del aporte del enfoque etnográfico y de la perspectiva de género para el análisis de las prácticas de cuidado en un grupo de adultos mayores que vive con diabetes tipo 2. El trabajo se llevó a cabo con un grupo de diabéticos y con profesionales de la salud en un centro de atención primaria de salud (CAPS) de José León Suárez, municipio de San Martín, provincia de Buenos Aires, en el período 2013-2016. Identificamos y analizamos acciones de cuidado (incluido el autocuidado) producto del conocimiento autorizado del grupo en articulación con los profesionales de salud del CAPS. Estas acciones individuales, grupales y colectivas conforman lógicas de cuidado que promueven el cuidado de sí. Esta propuesta metodológica se inscribe en la tradición del trabajo de campo colaborativo.


ABSTRACT Diabetes, a disease that constitutes a syndrome, is growing more quickly in societies with precarious living and working conditions. Daily care practices are fundamental in preventing it from progressing. This work shows the heuristic and interpretative value and the explanatory potential of an ethnographic approach and a gender perspective in the analysis of care practices in a group of elder adults living with type 2 diabetes. The research was carried out with diabetes group participants and health professionals in a primary healthcare center in José León Suárez, municipality of San Martín, province of Buenos Aires, during the period 2013-2016. We identified and analyzed care activities (including self-care) that resulted from the authoritative knowledge of the group in connection with the healthcare center professionals. Such individual, group and collective actions generate care logics that promote care of oneself. The methodological proposal of this study is framed within the tradition of collaborative fieldwork.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Idoso , Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde , Diabetes Mellitus Tipo 2/terapia , Argentina , Atenção Primária à Saúde , Autocuidado , Fatores Sexuais , Antropologia Médica , Antropologia Cultural
18.
Salud colect ; 13(2): 337-352, abr.-jun. 2017.
Artigo em Espanhol | LILACS | ID: biblio-903685

RESUMO

RESUMEN El cuidado de la enfermedad crónica a todas las edades representa un problema social y de salud pública en aumento. En España, debido a la insuficiente cobertura estatal, cerca del 80% de los cuidados de larga duración los realiza la red social del enfermo. A partir de una investigación etnográfica sobre cronicidad, desarrollada entre 2009 y 2013 en el estado español, este artículo analiza la problemática de los cuidados informales de larga duración sobre la base de las narrativas de adultos de mediana edad con enfermedades crónicas. Los resultados señalan los factores que condicionan, favorecen o limitan el cuidado informal: la situación personal, doméstica y familiar del enfermo; el curso cíclico de la enfermedad crónica; y la respuesta social a la enfermedad. Las limitaciones del modelo de cuidado informal emplazan a escuchar las voces de los afectados para conocer sus necesidades reales y adecuar los planes y programas de atención a la cronicidad.


ABSTRACT Caring for chronic illnesses at all ages represents a growing social and public health problem. Due to insufficient public coverage in Spain, around 80% of long-term care is provided by the sick person's social network. Based in ethnographic research on chronicity carried out between 2009 and 2013 in Spain, this article analyzes the problem of long-term informal care for middle-aged adults with chronic diseases. The results highlight the factors that condition, enhance or limit informal care: the personal, domestic and family situation of the sick person; the cyclical course of chronic diseases; and the social response to illness. The limitations of the informal care model suggest the need to listen to the voices of those affected in order to understand their real needs and adapt official programs oriented towards chronicity accordingly.


Assuntos
Humanos , Adulto , Doença Crônica/terapia , Assistência de Longa Duração/métodos , Autocuidado , Apoio Social , Espanha , Atitude Frente a Saúde , Doença Crônica/psicologia , Entrevistas como Assunto , Cuidadores , Assistência de Longa Duração/psicologia , Determinação de Necessidades de Cuidados de Saúde , Antropologia Médica , Política de Saúde , Antropologia Cultural
19.
Ribeirão Preto; s.n; 2017. 341 p. tab.
Tese em Português | LILACS, BDENF | ID: biblio-1442565

RESUMO

O progresso no diagnóstico precoce do câncer e terapias, bem como longevidade e o crescimento populacional, remete no aumento do número de indivíduos sobreviventes do câncer em todos os países, e com ele surge uma nova nomenclatura, a da sobrevivência ao câncer (SC). Este estudo teve como objetivo geral, analisar o conceito da SC na literatura de saúde e entre adoecidos adultos e/ou idosos diagnosticados com a doença. Para alcançar este propósito elaboramos mais quatro objetivos específicos que nos fez organizar a tese em três grandes etapas. A primeira etapa tem como objetivo analisar o conceito da SC apresentado na literatura de saúde, segundo o modelo evolucionário de análise conceitual de Rodgers. Este modelo está disposto em seis etapas, preconizando a análise dos estudos levantados pela análise temática indutiva e interpretados segundo o referencial teórico do conceito de cultura. Como resultado obtivemos os componentes do conceito, que nos auxilia na compreensão do mesmo, são eles: antecedente - ser diagnosticado com câncer; consequente - qualidade de vida dos sobreviventes do câncer (StC) e crescimento pessoal; atributos - processo de liminaridade e cuidado culturalmente congruente; termos substitutos - StC, sobrevivência em longo prazo e aquele que está vivendo após o diagnóstico do câncer, e por último os termos relacionados - sobrevida e reabilitação do câncer. Para a segunda etapa dessa pesquisa o propósito foi apreender os sentidos atribuídos a ser StC entre adoecidos, assim como, descrever os sentidos atribuídos ao conceito da SC entre adoecidos adultos e idosos por meio de sínteses narrativas. Desse modo, construímos um estudo qualitativo, com método narrativo e com referencial da antropologia médica. Realizamos entrevistas semi-estruturadas com 14 participantes diagnosticados com os diferentes tipos de câncer urológico de ambos os sexos, adultos e idosos, com no mínimo três meses pós-tratamento. Após transcrição dos dados, os mesmos foram analisados segundo a análise temática indutiva e duas sínteses narrativas foram elaboradas, a primeira delas é as dualidades da vida após o tratamento: da perda do autocontrole, da incerteza da recorrência da doença ao otimismo e esperança. Nessa síntese, discutimos acerca da experiência do sobrevivente com a doença, a perda de controle que a doença desencadeia e o consequente crescimento pessoal e aquisição do otimismo apesar das circunstâncias vividas. A segunda síntese é intitulada, o que eu sou? Sou um sobrevivente do câncer? Autorreflexão da identidade após o tratamento primário do câncer. Nela apreendemos a reflexão dos participantes sobre como se enxergam e veem a si mesmo e atribuem sentidos a ser ou estar doente, curado, vítima e principalmente StC. Com essas duas sínteses narrativas conseguimos descrever e nos aproximar dos sentidos atribuídos a SC. A terceira etapa foi desenvolvida em três tópicos, o primeiro consiste na comparação dos resultados da etapa um com a etapa dois, complementando com a importância da enfermagem oncológica no cuidado aos StC e uma reflexão sobre as políticas de saúde públicas atuais. Essa tese atualiza o conceito da SC e traz novas perspectivas sobre ele, contribuindo para a enfermagem oncológica


The progress in the early diagnosis of cancer and therapies, as well as the longevity and population growth remit to an increased number of cancer survivors around the world, giving rise to a new term, that of cancer survivorship (CS). The general objective in this study was to analyze the concept of CS in the health literature and among adult and/or elderly patients diagnosed with the disease. To achieve this objective, we elaborated four specific objectives, which made us organize the dissertation in three main phases. The objective of the first phase is to analyze the concept of CS presented in the health literature, according to Rodgers' evolutionary model of concept analysis. This model is arranged in six steps, recommending the analysis of the studies surveyed by means of inductive thematic analysis and their interpretation according to the theoretical framework of the culture concept. As a result, we obtained the components of the concept, which help us understand it. These are: antecedent - being diagnosed with cancer; consequent - quality of life of cancer survivors (StC) and personal growth; attributes - liminality process and culturally congruent care; substitute terms - StC, long-term survival and individuals living after the cancer diagnosis, and finally the related terms - cancer survival and rehabilitation. For the second phase, the purpose was to apprehend the meanings attributed to being StC among the patients, as well as to describe the meanings adult and elderly patients attribute to the CS concept through narrative syntheses. Thus, we built a qualitative study, using the narrative method and the reference framework of medical anthropology. We held semistructured interviews with 14 participants diagnosed with different types of urological cancer, male and female, adult and elderly, with at least three months post-treatment. After transcribing the data, they were analyzed according to inductive thematic analysis and two narrative syntheses were elaborated, the first being the dualities of life after the treatment; from loss of self-control, the uncertainty of the disease relapse to optimism and hope. In this synthesis, we discuss the survivor's experience with the disease, the loss of control the disease triggers and the consequent personal growth and gaining of optimism despite the circumstances experienced. The second synthesis is entitled: Who am I? Am I a cancer survivor? Self-reflection on the identity after the primary cancer treatment. In this synthesis, we apprehend the participants' reflection on how they see themselves and attribute meanings to being ill, cured, victim and mainly StC. These two narrative syntheses allowed us to describe and get closer to the meanings attributed to CS. The third phase was developed in three topics, the first being the comparison between the results of phase one and phase two, complemented with the importance of oncology nursing in care for StC and a reflection on the current public health policies. This dissertation updates the concept of CS and offers new perspectives, contributing to oncology nursing


Assuntos
Humanos , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Enfermagem Oncológica , Pesquisa Qualitativa , Antropologia Médica , Sobreviventes de Câncer , Neoplasias
20.
Saúde Soc ; 25(2): 408-421,
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-787843

RESUMO

A cultura condiciona as representações de velhice e de gênero com reflexos nas percepções sobre a saúde, a doença e o cuidado. A interface entre esses fenômenos é objeto deste estudo, fundamentado na perspectiva da antropologia médica, que pretende investigar como os homens idosos da comunidade expressam e percebem a relação entre saúde, doença, masculinidade e envelhecimento, e como esses construtos se relacionam com os subsistemas de cuidado informal e profissional. Foram entrevistados 27 homens com 60 anos ou mais, residentes em Bambuí (MG) e assistidos pela Estratégia Saúde da Família, acerca de suas atividades cotidianas, sua saúde e suas formas de cuidado. O modelo de signos, significados e ações, utilizado na coleta e análise dos dados, permitiu reconhecer as maneiras típicas de pensar e agir de homens idosos em relação ao processo saúde-doença-cuidado, bem como suas interações e contradições junto aos setores profissional e informal do sistema de cuidado em saúde. A produção material e simbólica dos entrevistados demonstra a identidade masculina ligada ao conceito de saúde, o qual se vincula às relações sociais, que fundamentam o cuidado informal à saúde. Contrapondo-se a essa percepção está a visão de envelhecimento inexoravelmente relacionada à doença, em que se ancora o sistema profissional de cuidado. Assim, homens idosos restringem a procura por cuidados em saúde em parte pela própria construção sociocultural da masculinidade que renega a fragilidade, mas também porque as ações e os profissionais de saúde desconsideram as especificidades de gênero e o valor dado pelos homens idosos à independência funcional.


Culture determines representations of old age and gender that influence the perceptions of health, illness and care. The interface between these phenomena is the object of this study, based on the perspective of medical anthropology, which aims to investigate how older men from community express and perceive the relationship between health, disease, aging and masculinity, and how these social constructs relate to subsystems informal and professional care. We interviewed 27 men aged 60 or older, living in Bambuí (MG) and assisted by the Family Health Strategy, about their daily activities, their health and their forms of healthcare. The model of signs, meanings and actions, used in the collection and analysis of data, allowed recognizing the typical ways of thinking and acting of older men in relation to the health-illness-care process, as well as their interactions and contradictions regarding to the professional and informal sectors of healthcare system. The material and symbolic production of the respondents shows that in general the male identity is linked to the concept of health, which is tied to the social relations that underlie the informal healthcare. Opposed to this perception is the aging view inexorably related to sickness, in which the professional care system is anchored. Thus, older men restrict their demand for healthcare in part because their own socio-cultural construction of masculinity denies the frailty, but also this is due to the health actions and health professionals that ignore the specificities of gender and the value of the functional independence to older men.


Assuntos
Humanos , Masculino , Idoso , Atenção à Saúde , Envelhecimento , Idoso , Masculinidade , Processo Saúde-Doença , Sistemas de Saúde , Antropologia Médica , Autonomia Pessoal , Caracteres Sexuais , Estratégias de Saúde Nacionais
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA